Autores: Alexandre Werneck e Pricila Loretti

O objetivo deste artigo é analisar o papel desempenhado pelas várias dimensões formais de uma crítica em sua efetivação. Para fazê-lo, recorremos a um conjunto de pesquisas, coordenadas a partir de um quadro de tipologias dessas dimensões. De um lado, exploramos as críticas de lado a lado entre moradores de uma favela carioca e a concessionária de energia que nela passa a atuar mais intensivamente após a implantação de uma UPP. De outro, analisamos como a crítica é operada de forma jocosa, tanto modulada, isto é, constantemente ajustada para evitar a formação de momentos críticos, quanto acusatorial, observada notadamente em cartazes das manifestações de 2013 e 2014 que usaram o humor para ironizar a situação política do país. Com isso, foi possível entender os elementos constitutivos da forma-crítica, o que permitiu mapear uma galeria de 15 dimensões relevantes para sua efetivação, dividas em metamorais, estéticas e lógicas.

Palavras-chave: Crítica; dimensões formais da crítica; UPP; favelas; manifestações políticas.

Versão em inglês (2018)

Versão em português (2019)