Confira “Sujeição sanitária e cidadania vertical: Analogias entre as políticas públicas de extermínio na segurança pública e na saúde pública no Brasil de hoje”, de Roberto Kant de Lima, professor titular aposentado, professor permanente do PPGA e do PPGJS, da UFF, e professor do PPGD da UVA, e Marcelo da Silveira Campos, professor de sociologia da UFGD e professor convidado da Faculdade de Medicina da USP.

“É nessa naturalização da desigualdade jurídica entre os cidadãos brasileiros, que resulta em ênfase nos mecanismos repressivos de controle social, que, com a pandemia de Covid-19, as políticas públicas de segurança pública e de saúde pública no Brasil podem ser assemelhadas na sua atualidade e mortalidade. Na segurança pública o cenário é de 800 mil presos e 25.712 mortes violentas intencionais no primeiro semestre de 2020, sendo que uma pessoa foi assassinada a cada dez minutos no Brasil. Desse total, 3.181 mil pessoas foram diretamente vítimas de intervenções policiais no primeiro semestre de 2020 (ABSP, 2020). Já no campo da saúde pública manifestou-se com a negação da eficácia da adoção de políticas de controle e prevenção, próprias do campo, materializada sobretudo na rejeição do isolamento horizontal, e da aplicação em massa de testes e da universalidade da vacinação pelo governo federal como medida preventiva de saúde pública, contrariando todas as recomendações da OMS e vitimando, até agora, mais de 226 mil pessoas”.

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