Autores: Rafael Godoi, Marcelo da Silveira Campos, Fábio Mallart, Ricardo Campello

O artigo tem por objetivo refletir sobre as potencialidades críticas e heurísticas da pesquisa sociológica sobre o dispositivo carcerário paulista, levada a cabo através do engajamento dos pesquisadores em coletivos e atividades da Pastoral Carcerária. As dimensões astronômicas do sistema carcerário paulista ; sua notável centralidade nos mecanismos de gestão do conflito que garantem a (re)produção da cidade contemporânea ; bem como as várias dificuldades impostas pela administração penitenciária no local ao escrutínio público do ambiente carcerário em geral, e à prática da pesquisa científica em particular, são as principais justificativas para esta reflexão. No decorrer do texto, os sentidos práticos e analíticos da atuação de diferentes pesquisadores/agentes pastorais são expostos e discutidos através de uma metáfora geológica, indagando sobre as características e limites da atuação e do conhecimento que se desdobram nos subterrâneos, na superfície e no cume do sistema carcerário.

Palavras-chave: prisão, metodologia, epistemologia, política, São Paulo

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